terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sobre reis, majestades e excitação

Mais uma vez fazendo aquele troca-troca gostoso com Rafael (a pedido dele, que foi às nuvens na última vez) venho a esta amaldiçoada terça-feira trazendo-lhes algo digno. Algo que está MUITO além do alcance de todos vocês.

Tive que tolerar um post no meu dia falando em experiência, pegada, idade, desafios, e blá, associada a umas músicas sonolentas e de péssimo gosto. Então tive uma epifania:

PORRA!! Se eu soubesse que o Hugh Grant escrevia pra esse blog, nem teria participado da empreitada.

A minha indicação de hoje já tava programada, e me supreendeu bastante. Passei por um enorme dilema de que forma poderia apresentá-la. Ia sugerir vocês a darem play naqueles momentos salientes, mas lembrei-me que estes momentos lascivos e concupiscentes são tão escassos e utópicos pra vocês quanto leitoras nesse blog.

Inclusive lanço mais um desafio, e acima de tudo uma promoção-relâmpago. Você, querida leitora, que já teve alguma experiência pseudo-sexual com algum integrante deste blog, insira nos comentários suas desanimadas impressões a respeito. Não vale brochada porque isso é clichê. Me refiro a fantasias sexuais bizarras (algo como tara por fantasias de flashman), escatologias, práticas inadequadas ao convívio social (do tipo menores de idade sendo estupradas...) e etc. Valendo uma noite de tórrida devassidão comigo.

OK, voltemos ao post.

te amo!

Para as pessoas de mínimo bom senso, minimamente esclarecidas e ajuizadas, apenas um nome: DAVID LYNCH. Para as que não se enquadram nos quesitos acima e não conhecem este nome sagrado (!!!!!!!!!!!!!!) veja 'Estrada Perdida' e 'Cidade dos Sonhos'. E fecha o cu pra falar comigo!


Exato amiguinhos. Ele aparentemente se divorciou de seu parceiro musical Angelo Badalamenti, que compôs a (não menos que brilhante) trilha sonora de grande parte de seus filmes dele e resolveu se aventurar pelos tortuosos caminhos da música. Quando me deparei com a notícia que meu mestre cinematográfico ia lançar um disco solo, um ponto de interrogação assumiu a forma de meu cerebelo. Mas a dúvida que pairava no ar (e que porra viria pela frente) foi devidamente respondida à altura com o lançamento de Crazy Clown Time mês passado.

E como já era de se esperar, tem uma certa similaridade com os filmes dele. Não tão fáceis de serem digeridos, altamente surreais, complexos, sombrios, atmosféricos. A música em si é predominantemente trip hop, com bastante influência eletrônica, rock alternativo, algumas pitadas de Jazz (e eu achando que o disco seria somente disso) e sintetizador pra caralho. Ele toca a maioria dos instrumentos, canta e se você inverter a rotação do disco, ele sussurra frases luxuriosas em seu ouvido.

O álbum já abre com uma música com participação da Karen O (Yeah Yeah Yeahs) que cria um contraste maneiro entre o vocal feminino e a voz sussurrante dele nas outras faixas. Segue com 'So Glad', séria concorrente ao prêmio Gorilla Roots de melhor música 2011. E vai daí a uma viagem sem fim rumo a... sei lá, algum lugar bem longe dessa realidade-cão.





A exemplo do post do Ataxia, introduzo na sua mãe mais um símbolo que ajudará na identificação com o som a ser proposto:

Este som não faz apologia a castidade.

Um comentário: