Agora sim.
Inauguro a sessão “Duvido que você já tenha ouvido isso!” postando o disco Leucocyte, do Esbjörn Svensson Trio.
Qualquer coisa que eu postasse depois da obra-prima postada pelo Léo ontem corria o risco de passar batido, mas com o E.S.T. o nível das postagens continua elevado.
Inauguro a sessão “Duvido que você já tenha ouvido isso!” postando o disco Leucocyte, do Esbjörn Svensson Trio.
Qualquer coisa que eu postasse depois da obra-prima postada pelo Léo ontem corria o risco de passar batido, mas com o E.S.T. o nível das postagens continua elevado.
O trio foi formado na Suécia em 1993, composto por Esbjörn Svensson no piano, Dan Berglund no baixo, e Magnus Öström na bateria.
Leucocyte é um trabalho de 2008, e pra quem gosta de informações irrelevantes, mas bizarras, só foi lançado após a morte de Esbjörn Svensson, principal mente por trás do grupo. Svensson foi pros ovos numa sessão de mergulho. (Você mergulha, né Gomes?)
Resultado de 2 dias de gravações de jams sessions do trio em um estúdio Australiano, este é um disco belíssimo, mas difícil de ser ouvido. É o disco mais experimental e complexo do E.S.T. Sabe todos aqueles elogios pseudo-intelectuais que você leu a respeito de alguns álbuns do Radiohead? Então, encaixam-se aqui. Cerebral, complexo, denso, belo, leve, viajado, tudo isso ao mesmo tempo. Esqueça aquele jazz alegrinho conduzido no Ride, e nas teclas brancas do Piano. Em alguns momentos a porrada come solta, com muita distorção e peso.
O cd abre com a bela ”Decade” uma composição curta unicamente no piano. Segue na longa viagem “Premonition/I.Earth”, que mostra o que vai ser o restante do disco: alternância de momentos delicados, com momentos de pura fritação. Quando a faixa chega no seu estágio final, com uma caralhada de efeitos e repetidos toques simples na caixa do baterista Magnus Öström, se você não estiver chapado, logo vai querer cheirar talco, beber perfume, fumar samambaia, sei lá.
Depois, pra você respirar, vem a parte 2 de “Premonition: Contorted”. Linda melodia no piano, e um baixo acústico suave, groovado e presente.
A mais “tradicional” do disco, é a quarta, que leva o sugestivo nome de “Jazz”. Não poderia ter um nome melhor. Keith Jarret ficaria orgulhoso.
A vontade que me dá é de falar de todas as faixas, mas vamos para a minha favorita, que é a primeira parte da homônima do disco, “Leucocyte: Ab initio”. Uma fritação fudida. Peso, viagem, groove, beleza, tá tudo aqui. E são só 3 caras improvisando. Coisa linda.
A segunda parte dessa música, “Ad Interin”, é 1 minuto de completo silêncio. Vai saber porque. Acho que era uma preparação para a bizarra viagem experimental “Ad mortem” que testará sua paciência, pois são longos 13 minutos de um início promissor, seguidos por uma série de ruídos irritantes, mas que terminam com uma lindíssima melodia ao piano.
Descobri esse grupo através do Léo (a quem sou eternamente grato...) que me mandou esse vídeo. Uma versão mais curta, que foca mais no peso e na primeira parte da faixa “Leucocyte” com um pequeno clipe que se encaixa muito bem ao clima denso da mesma.
Enfim, praqueles que torcem o nariz pro Jazz, fica um disco que traz além do bom e velho ritmo americano, pitadas de rock, música clássica, e elementos de música eletrônica. (Kraftwerk?) Vale a pena deixar de ser preconceituoso e ouvir/sentir/fumar este cd.
Como de costume, se contente com o vídeo. Espere à noite pra baixar o disco. Vc esperou toda sua vida pra conhecer isso, vc guenta mais um pouquinho.
Boa Boa!
ResponderExcluirAgora, sim!
ResponderExcluirhttp://www.4shared.com/file/PJCkBA2B/Leucocyte__2008_.html
algumas considerações:
ResponderExcluir1. NÃO está inaugurada a sessão “Duvido que você já tenha ouvido isso!”, haja vista o holandês do pelourinho já conhecer.
2. Jazz com Kraftwerk??????? Agora sim eu quero ouvir.
3. tá uma viadagem esses posts hein. a partir de domingo vou inaugurar a série de posts-protesto.
Algumas respostas:
ResponderExcluir1 - Eu me referi aos reles-mortais que habitam essa bagaça. Léo é iluminado. (com Luz Negra, mas td bem...) E eu continuo duvidando de que você já tenha ouvido isso.
2 – Faz bem.
3 - ???
Meu bom homem, onde você ouviu influências de Kraftwerk nesse disco????????? Fumou as cinzas da sua bisa???? E realmente, Ab Initio é foda pra caralho, mas é a única. A Ad Mortem testou minha paciência ao ponto dela (a paciência) acabar por completo...
ResponderExcluirRapaz, só agora vi seu comentário... huahuahuhuahuahuahuahuahuahu
ResponderExcluirMas é isso mesmo, eu avisei que ela testaria sua paciência...
E tem sim, um leve “Q” de música eletrônica do Leste Europeu. (fui fundo agora, hein...)